Esta semana iniciamos a programação Despertando a Consciência Ecológica, para resgatar a nossa conexão com o meio ambiente. Como transformar e preservar o meio ambiente se nos sentimos separados dele?
Ao longo das últimas décadas, principalmente após o início da 3º Revolução Industrial, a partir da década de 70, o avanço tecnológico contribuiu para o desenvolvimento através da urbanização, automação, mecanização, produção em escala de alimentos e muitos outros produtos, se tornando símbolos de evolução humana e geração de riqueza. Mas, ao mesmo tempo que a economia foi se desenvolvendo baseada no consumo, problemas sistêmicos como a pobreza extrema, doenças degenerativas, guerras, poluição não deixaram de existir.
Com isso, também veio a desconexão dos ciclos e processos naturais, porque ficamos cada vez mais imersos em um mundo linear, padronizado com a ideia de crescimento infinito.
Como o ambiente externo é um reflexo do interno, essa pressão externa partindo da visão materialista influenciou a nossa resposta para o crescimento positivo baseado na quantidade. Quantidade de coisas, posses, rótulos, títulos...
A observação que fica é o nível de qualidade que estamos escolhendo para este desenvolvimento. Afinal, a qualidade é uma propriedade que determina a essência de algo, de sua própria natureza. E a qualidade da natureza é incontestável.
A natureza é uma expressão da energia universal. Como seres humanos, somos parte dela ao mesmo tempo em que ela é parte de nós. Em outras palavras, integramos a natureza ao mesmo tempo em que ela nos integra. (...) A "fantasia da separatividade" separou-nos do universo e nos transformou nos principais adversários da vida sobre o planeta. A arte de viver em paz com o meio ambiente, consiste, então, em tornar o ser humano consciente de que ele é parte indissociável da natureza. O objetivo é restabelecer uma visão transpessoal e universal. Trata-se do último estágio de uma escalada evolutiva (...). Pierre Weil.
Se o ambiente externo é o reflexo do ambiente interno, porque somos interdependentes, como está o meu fluxo de troca e nível de qualidade dentro dos ecossistemas que eu integro?
Como a qualidade é algo relativo, uma boa forma de analisar é começando a entender o que é qualidade para você e como está o nível de qualidade da sua vida hoje, e qual nível você quer chegar.
Uma forma de refletir sobre isso é através da visão da Sustentabilidade. Se eu quero ser sustentável a longo prazo, a referência de qualidade de vida é aquela que eu encontro um estado de equilíbrio saudável entre as áreas da vida de acordo com a minha realidade.
Entre as conversas dessa semana, o ponto de intersecção para o despertar da consciência ecológica foi a Alimentação. Convidamos você leitor (a), partir para a reflexão:
Qual é a qualidade que eu escolho me nutrir? Como minhas escolhas de alimentação refletem na qualidade da minha saúde e da saúde do meio ambiente? Quais consequências eu posso gerar para mim e para o meio ambiente a longo prazo se eu manter esse padrão alimentar?
Como disse uma de nossas convidadas dessa semana, Ana Zappe: “Eu sou o que eu consumo”.
Vamos relembrar a nossa biologia... somos seres metabólicos, processos abertos em constante troca de matéria e energia com o meio ambiente. Assim, finalizamos com uma reflexão: Como está o balanço de massa do que entra e do que sai?
Comments